O dinheiro pode se tornar um aliado na construção de uma vida a dois mais estável e próspera. (Foto: Adobe Stock)
Um relacionamento vai muito além de compartilhar sonhos e rotinas: ele também exige alinhamento na vida financeira. Para muitos casais, esse ainda é um assunto delicado, mas pode ser um divisor de águas na vida a dois. Neste Dia dos Namorados, aprenda a como ter conversas difíceis sobre dinheiro sem deixar o amor de lado.
Expor sua situação financeira nem sempre é fácil em um relacionamento, mas pode ser um grande o para o casal criar metas e planejar o futuro. Em vez de deixar que o dinheiro seja motivo de brigas, ele pode se tornar um aliado na construção de uma vida a dois mais estável e próspera.
A psicóloga financeira Ana Paula Hornos ressalta que a fase inicial do relacionamento, quando ainda se está no namoro, é o melhor momento para observar e conhecer o par amoroso, inclusive nos comportamentos e na gestão do dinheiro. “Vale a pena conversar sobre valores no plural: os financeiros e os de vida. Não é sobre dividir boletos ainda, mas sobre alinhar expectativas, entender como o outro lida com o dinheiro, fazer combinados e evitar surpresas futuras”, diz.
Em entrevista ao E-Investidor, a psicóloga esclareceu algumas dúvidas comuns de casais que estão iniciando a vida a dois e buscam orientações sobre como conversar sobre dinheiro, sem pesar na relação.
1. Por que é tão difícil falar de dinheiro em um relacionamento?
Dinheiro raramente é só dinheiro. Falar sobre ele é, na verdade, é falar sobre prioridades, valores e sentimentos. a por temas como poder, controle, confiança, medo do futuro e até autoestima. Hábitos financeiros são reflexo da história de vida e das crenças pessoais.
2. Quais são os principais erros que casais cometem ao discutir finanças?
Fingir que o assunto não existe, evitar falar de dinheiro e não estabelecer planos comuns, deixar tudo para quando surgir um problema, ou transformar a conversa em cobrança e culpa. A falta de escuta ativa e de metas em comum costuma transformar o dinheiro de parceiro em vilão.
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3. Como lidar com dívidas ou problemas financeiros sem prejudicar a cumplicidade do casal?
Com transparência, empatia e sem apontar dedos. É preciso nomear problemas, buscar ajuda se necessário e traçar um plano com pequenas vitórias, mantendo o diálogo aberto e o respeito preservado.
4. O que fazer quando um dos parceiros ganha mais ou istra melhor o dinheiro?
O ponto central não é quem ganha mais, e sim como isso é tratado. O dinheiro não pode virar instrumento de poder ou dependência. O ideal é que o casal combine uma forma justa, razoável para ambas as partes, nas circunstâncias em que se apresentam, sempre com respeito mútuo e valorização do que cada um traz para a relação, não só financeiramente.
6. Há alguma dica para casais que têm perfis financeiros muito diferentes?
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Primeiro, reconhecer que perfis diferentes não significam incompatibilidade, mas exigem mais conversa e acordos claros. O desafio é transformar as diferenças em complemento e não em conflito. Um pode ajudar o outro a equilibrar risco e cautela, prazer e responsabilidade. O segredo está em ter criar “centros de custos” , orçamentos individuais e também um coletivo como “terceiro orçamento” do casal, que respeite os dois e atenda às metas comuns.