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O Índice de Dividendos da B3 (IDIV) registrou alta de 3,88% em abril, superando o desempenho do Ibovespa, que subiu 3,69% no mês. O indicador, que mede o desempenho de ações boas pagadoras de dividendos, atingiu sua maior pontuação histórica no último dia 30, encerrando o pregão aos 9.746,28 pontos, de acordo com dados de Einar Rivero, CEO e sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.
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Abril foi marcado pelo anúncio das tarifas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde a sua campanha eleitoral. Na data nomeada por ele como “Dia da Libertação”, o republicano estabeleceu uma taxa mínima de 10% a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos, além de tarifas “recíprocas” mais altas a outros países. Uma semana depois, porém, Trump voltou atrás e suspendeu por 90 dias as taxas recíprocas.
Para a China, o presidente adotou uma postura oposta, promovendo sucessivos aumentos nas tarifas, que chegaram até 145%. A medida gerou retaliações por parte do país asiático, intensificando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. O cenário começou a mudar na última semana, com possibilidades de negociações entre as potências. Trump chegou a dizer que as taxas sobre a China eram “muito altas” e que deveriam “cair bastante”, mas não chegariam a zero.
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O BTG Pactual enxerga que, apesar das implicações negativas que a guerra comercial está tendo sobre o apetite ao risco e sobre as expectativas de crescimento global, a América Latina em geral e o Brasil em particular são menos diretamente afetados por ela. “Isso pode ajudar, pelo menos parcialmente, a explicar o bom desempenho relativo da região este ano”, afirma o banco em relatório.
A Ágora Investimentos concorda que o País tem sido menos impactado pela disputa tarifária, mas segue com sua tese central para alocação em renda variável no País. “Mantemos o foco em ações de empresas com fundamentos sólidos, reconhecidas pela consistência na distribuição de dividendos e pela maior previsibilidade em seus resultados”, afirma a corretora.
O E-Investidor consultou as carteiras recomendadas com foco em dividendos de nove bancos e corretoras para maio. Duas ações se destacaram nas recomendações: os papéis da Petrobras (PETR4) e do Itaú (ITUB4), que tiveram cinco citações cada.
Para o BTG, a petroleira continua oferecendo uma “tese convincente”, mesmo diante da queda dos preços do petróleo. “A Petrobras é uma das produtoras de menor custo em nível global e estimamos que esteja atualmente negociando com um dividend yield (rendimento de dividendos) de 13% para 2025, excluindo pagamentos extraordinários. Para nós, os dividendos devem ajudar a amortecer os riscos de queda, especialmente porque continuamos a ver o potencial de valorização decorrente de um capex (despesas de capital) menor”, diz.
Já o Itaú tem como ponto favorável as expectativas para o balanço do primeiro trimestre de 2025. A Ágora estima que o banco apresente lucro líquido de R$ 11,1 bilhões – crescimento de 1,7% no trimestre e de 13,3% em relação ao ano anterior –, com Retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE) de 22,4%, refletindo principalmente uma expansão de margem mais lenta no período devido ao menor número de dias corridos, sem grandes surpresas nas demais linhas.
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Entre os destaques das carteiras, também estiveram as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e da Telefônica Brasil (VIVT3), cada uma com quatro menções. Para o BTG, a ação BBAS3 teve um desempenho significativamente inferior nas últimas semanas, ando a ser negociada a 4x P/L (preço sobre lucro) para 2025 e oferecendo um dividend yield de 10%. “Temos uma recomendação de compra
para o papel e, com o BB agora ficando atrás de todos os seus pares privados no acumulado do ano, a assimetria parece mais atraente novamente”, destaca.
Em relação à Telefônica Brasil, o Santander acredita que a empresa deve seguir entregando resultados fortes em 2025, marcados pelo crescimento real da receita bruta e por uma expansão significativa nas margens de Fluxo de Caixa Livre (FCL). “Embora uma dinâmica competitiva marginalmente mais difícil no segmento móvel seja um risco para 2025, acreditamos que a Vivo está bem posicionada para continuar superando seus pares, considerando sua marca forte e base de clientes de alta qualidade”, destaca.
Veja a seguir as carteiras recomendadas de dividendos de bancos e corretoras:
A Ágora realizou uma mudança em sua carteira recomendada com foco em dividendos para maio. A corretora retirou as ações da Copasa (CSMG3) e incluiu os papéis da Copel (LE6).
| Ações |
|---|
| BB Seguridade (BBSE3) |
| FL (FE3) |
| Copel (LE6) |
| Itaú (ITUB4) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
A carteira trimestral do BB Investimentos é a seguinte:
| Ações |
|---|
| Cemig (CMIG4) |
| FL Energia (FE3) |
| Bradesco (BBDC4) |
| Isa Cteep (ISAE4) |
| JBS (JBSS3) |
| Petrobras (PETR4) |
| Direcional (DIRR3) |
| Tim (TIMS3) |
| Itaúsa (ITSA4) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
Para maio, o BTG fez duas modificações no seu portfólio. O banco retirou as ações do BB Seguridade (BBSE3) e Klabin (KLBN11) para incluir Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Seguridade (CXSE3).
| Ações |
|---|
| Petrobras (PETR4) |
| Itaú (ITUB4) |
| Vale (VALE3) |
| Santander (SANB11) |
| Banco do Brasil (BBAS3) |
| Eletrobras (ELET6) |
| Alupar (ALUP11) |
| Equatorial (EQTL3) |
| Tim (TIMS3) |
| Caixa Seguridade (CXSE3) |
| Copel (LE6) |
| Direcional (DIRR3) |
A Empiricus não realizou alterações em sua carteira.
| Ações |
|---|
| Itaú (ITUB4) |
| Eletrobras (ELET6) |
| Gerdau (GGBR4) |
| Porto Seguro (PSSA3) |
| Petrobras (PETR4) |
Em relação ao mês de abril, saíram as ações da Sanepar (SAPR11), com inclusão dos papéis da Porto Seguro (PSSA3).
| Ações |
|---|
| Banco do Brasil (BBAS3) |
| Cemig (CMIG4) |
| Plano & Plano (PLPL3) |
| Porto Seguro (PSSA3) |
| Irani (RANI3) |
O PagBank realizou uma mudança em sua carteira para maio. Foram retiradas as ações da Eletrobras (ELET3), com entrada dos papéis da Tim (TIMS3).
| Ações |
|---|
| Copasa (CSMG3) |
| BB Seguridade (BBSE3) |
| Tim (TIMS3) |
| Itaú (ITUB4) |
| Petrobras (PETR4) |
A Planner fez três alterações na carteira. A corretora retirou os papéis da Bradespar (BRAP4), FL (FE3) e Tim (TIMS3), incluindo os ativos da Embraer (EMBR3), Eztec (EZTC3) e Gerdau (GGBR4).
| Ações |
|---|
| Embraer (EMBR3) |
| Eztec (EZTC3) |
| Moura Dubeux (MDNE3) |
| Engie (EGIE3) |
| Gerdau (GGBR4) |
O Santander não fez nenhuma mudança em sua carteira para maio.
| Ações |
|---|
| B3 (B3SA3) |
| Banco do Brasil (BBAS3) |
| Copel (LE6) |
| FL (FE3) |
| Cury (CURY3) |
| Itaú (ITUB4) |
| Petrobras (PETR3) |
| Porto Seguro (PSSA3) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
| Vale (VALE3) |
Para maio, a Terra realizou uma troca em sua carteira recomendada de dividendos. A corretora retirou os papéis da Engie (EGIE3) e incluiu os da Petrobras (PETR4).
| Ações |
|---|
| Itaúsa (ITSA4) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
| Bradespar (BRAP4) |
| Petrobras (PETR4) |
| Banco do Brasil (BBAS3) |
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