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A Argentina continua sendo um destino turístico para os brasileiros, pela localização ível ou pelas atrações. Entretanto, a volatilidade do mercado de câmbio e o aumento do custo de bens e serviços nos destinos tradicionais, como Buenos Aires e Bariloche, têm levado viajantes a considerar outras alternativas na América Latina.
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O peso argentino foi a moeda que mais se valorizou em termos reais em 2024, registrando uma alta de 44,2% quando ajustado pela inflação, que segue em níveis de 3 dígitos no país. A análise, realizada pela consultoria GMA Capital e publicada pelo Financial Times, considera uma cesta de moedas de parceiros comerciais da Argentina. O levantamento também destaca que o real brasileiro teve o pior desempenho entre as divisas analisadas. Leia a matéria completa do Estadão clicando aqui.
Segundo a apuração de Luciana Taddeo do Estadão, a combinação de inflação em dólares, fortalecimento do peso argentino e desvalorização do real, de 27% em 2024, fez com que os custos para turistas brasileiros subissem de maneira expressiva. Confira o levantamento feito pela repórter, que reúne atrações e comidas no país vizinho e mostra o aumento dos preços:
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De novembro de 2023 a novembro de 2024, o número de turistas brasileiros que chegaram pelos aeroportos de Ezeiza e 25, os dois principais de Buenos Aires, caiu 6,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) da Argentina.
Além disso, o tempo médio de estadia dos brasileiros no país despencou 25,5% no mesmo período. Enquanto isso, o movimento inverso acontece: o número de argentinos viajando para o Brasil aumentou 12,3% no mesmo período, com um crescimento de 10,5% na estadia média desses turistas. Segundo o portal de dados da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), só em 2024 mais de 1,1 milhão de argentinos desembarcaram nos destinos brasileiros.
Um reflexo dessa mudança de comportamento é o aumento da procura pelo peso chileno (CLP). De acordo com dados levantados pela Travelex Confidence, a divisa oficial do Chile liderou as transações de moedas latinas em 2024, representando 38% do volume total transacionado neste recorte, um crescimento de 18,3% em relação ao ano anterior.
Países como Peru e Colômbia também se destacaram em 2024, com crescimento de 33,33% (Novo Sol Peruano – PEN) e 2,29% (Peso Colombiano – COP), respectivamente, em volume transacionado, quando comparado com 2023.
Jorge Arbex, diretor da Travelex Confidence, indica que o bom desempenho da moeda chilena está ligado, principalmente, à atratividade turística do país, que, além de não depender do dólar norte-americano, oferece opções de viagem.
O diretor aponta que a desvalorização do real frente a moedas como o dólar, euro e libra, tem levado turistas brasileiros a buscar alternativas em países que oferecem melhor poder de compra: “O Chile é atrativo pela proximidade com o Brasil, pela qualidade do mercado de turismo no país e pela facilidade na entrada e saída de turistas brasileiros por conta dos acordos do Mercosul, como, por exemplo, a dispensa de apresentar aporte e visto”, afirma o especialista.
O peso argentino destaca-se em terceiro lugar do ranking, representando 13,35% do volume total transacionado no recorte de moedas latinas em 2024, porém com uma queda de 33,94% em relação ao ano de 2023 e queda de 47,84% em relação a 2022.
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De acordo com Arbex, para os turistas brasileiros que buscam minimizar os impactos das flutuações cambiais e maximizar sua experiência de viagem, o planejamento financeiro torna-se fundamental. A compra gradual de moeda estrangeira é uma das principais recomendações da Travelex Confidence, que mascara os efeitos de variações cambiais inesperadas.
Ainda em dezembro do ano ado, a moeda Argentina fechou 2024 superando com folga a lira turca, com valorização de 21,2% na sequência. A tabela mostra a performance das moedas latinas por volume em real transacionado:
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