Alívio inflacionário nos EUA domina radar dos mercados, mas Ibovespa segue pressionado

Os mercados internacionais operam com viés misto nesta quarta-feira, mesmo diante de dados inflacionários mais brandos nos Estados Unidos e avanços nas tratativas comerciais com a China. O índice de preços ao consumidor (I) americano subiu apenas 0,1% em maio, abaixo das expectativas, reforçando as apostas de cortes nos juros pelo Federal Reserve ainda este ano. Em paralelo, os rendimentos dos Treasuries recuam, o dólar perde força globalmente e o petróleo avança, impulsionado por incertezas em torno do acordo nuclear entre EUA e Irã.

No Brasil, o real se valoriza frente ao dólar, sustentado pela taxa Selic elevada e pelo ambiente externo mais favorável ao risco. O Ibovespa, no entanto, segue com desempenho contido, pressionado por incertezas fiscais e dúvidas sobre a viabilidade das medidas alternativas ao aumento do IOF. No mercado de juros, os contratos de vencimentos mais curtos sobem, refletindo o receio de que o ime político comprometa o equilíbrio das contas públicas, mesmo com o recente alívio inflacionário. Por volta das 13h30, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,08% aos 136.638 pontos, enquanto o dólar recuava 0,68% frente ao real, cotado a R$ 5,53.

Entre os destaques do Ibovespa, o setor financeiro lidera os ganhos, impulsionado pelas units do Santander, que sobem após recomendação de compra por parte de uma instituição estrangeira. Em contrapartida, ações de empresas ligadas a commodities metálicas, como Gerdau e CSN, recuam diante do avanço do acordo comercial entre EUA e China, que pode reduzir a competitividade do aço brasileiro. No setor elétrico, a decisão da Aneel sobre os custos da RBSE pressiona papéis como Eletrobras e Energisa. Já Petrobras avança com a alta do petróleo, enquanto Tim e Telefônica Brasil sobem após notícias corporativas positivas.

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